segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Relações Sindicais e Empresas : gestão moderna e novas posturas.

Os sindicatos de trabalhadores mais organizados do País negociam acordos diretos, deixando de lado as Convenções Coletivas que raramente satisfazem aos trabalhadores, aos sindicatos e às próprias empresas. Como se sabe, essas convenções "nivelam por baixo" tendo por objetivo "a proteção da pequena e média empresa". 

Ocorre que se de um lado nivela salários e benefícios "por baixo", acaba trazendo também "por baixo" problemas insolúveis no campo das relações sindicais no dia-a-dia, com reflexos negativos sobre o clima interno, a produtividade, qualidade e o lucro, em especial onde os trabalhadores são melhor organizados e politizados...

Neste ano de 2011, na área automobilística, depois de refregas e fracassos, surgiu mais forte a negociação direta para o Acordo Coletivo fora do patronal/SINFAVEA, Volks x Sindicato, Ford x Sindicatos e outras. Por fim até mesmo a conservadora GM reconhece que se é possível essa relação acontecer em Detroit/EUA há tantos anos, por que não aqui? Nesse diapasão, encontramos também a Nestlé e várias outras empresas de diferentes segmentos, sem falar da Vale e Petrobras que já negociam acordos coletivos há anos...

Seria isso uma tendência ? As grandes empresas tendo a frente executivos modernos e bem preparados descobrem que a chamada negociação direta - empresa x sindicato - chega ao Brasil como parte da fase de avanços, crescimento e modernização. Ou será que são casos isolados e continuaremos adotando ainda por muitos anos as práticas dos Séculos XVIII, XIX etc? Qual seria o reflexo disso na vida da sociedade e na economia? Será que as "Redes de Trabalhadores" e a presença da IGMetal e DGB em São Paulo tem a ver com isso ? O que pensam os especialistas?

Entrevista da Revista 'Veja' com o Presidente do Tribunal Superior do Trabalho

Comentário Edmir Garcez: O Presidente do TST, João Oreste Dalazen, desempenha a sua função com  competência, mas -  como outros não menos brilhantes - deixará a Casa sem ter dado contribuições estruturais. Pelo menos, o  Ministro  veio a público para revelar a maldição do imposto sindical. 

O grande problema não reside apenas na mal cheirosa, pelos seus vícios, organização sindical vista do lado dos trabalhadores.O cancro vai mais longe, ou seja, na vizinha organização sindical patronal que padece do mesmo mal: o que é válido para uma é válido para a outra. Aí está o nó . 

Há exceções, sindicatos respeitáveis, claro que há!. A despeito disso, vale mencionar que países riquíssimos não tem sindicato patronal, até mesmo porque a prática é tida como cartel e cartel, nesses países,  é crime e crime padece de punição...

Acredito que pelo Judiciário ou pelo Congresso Nacional não haverá passos importantes para solução da maldição sindical , pelo menos nesta geração.Mas há uma chance, ainda que remota: os sindicatos sérios e  honestos (creiam, eles existem!), passarão a devolver o imposto sindical para os trabalhadores, criando um sistema de contribuição espontânea para os legitimamente sindicalizados.







sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

“Natal é tempo de elevar os pensamentos e ver a vida com as cores da Esperança, da Fé, da Paz e do Amor”
 
A equipe
Garcez RH deseja a todos sucesso constante em 2012 !!
Boas Festas!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Assista ao vídeo sobre o seminário "Negociando com Negociadores", da Garcez Recursos Humanos

O sucesso do “Job Hunter”

O consultor que atua como “Job Hunter - o caçador de empregos” atribui a sua habilidade e competência à forma de comercializar o seu “produto”: executivos e profissionais candidatos a cargos nesse nível, tanto aqueles em processo de desligamento quanto os insatisfeitos nas atuais posições, ou ainda aqueles que estão disponíveis, em busca de novas oportunidades para continuidade de carreira. É nesse espaço que o “Job Hunter” atua, apoiando o profissional para encontrar novos desafios. E o mais importante: sem custo para o novo empregador. 

É preciso não confundir a atividade do “Job Hunter” com a do “Head Hunter”, pois um “caça cabeças” e o outro, “empregos”. Assim, os executivos, agora candidatos apresentados pelo “Job Hunter” (a custo zero, uma vez que o serviço de orientação já está remunerado na outra ponta) são patrocinados pelo antigo empregador, o mais comum, ou pelo próprio profissional interessado, como forma de preservar a sua imagem no mercado de trabalho.

O “Job Hunter” sabe como é importante preservar a imagem do seu cliente. Nessa abordagem, não cabem ações que massifiquem o meio/mercado, como,  por exemplo, distribuição farta e aleatória de material curricular e outras formas danosas à imagem do executivo ou ainda o uso indiscriminado do precioso “networking”. O “Job Hunter” conhece profundamente o seu cliente. Ele trabalha os objetivos e desenvolve juntamente com o Executivo um plano estratégico para abordagem do mercado. Sabe que tem em suas mãos um “produto” valioso, importante e que deve trabalhar e promover a abordagem no mercado à altura dos anseios e expectativas do seu cliente, que participa e acompanha todo o desenvolvimento dos trabalhos, oferece contribuições e críticas e participa até a fase final do fechamento de uma nova proposta de trabalho.

 O “Job Hunter“ tem que estar ciente que trabalha com um ser humano ,que é, portanto, merecedor de todo cuidado e atenção. Por isso, meios eletrônicos de comunicação muito em moda (sites de relacionamento, por exemplo) exigem extremo discernimento para utilização.
Já os “Head Hunters” bem informados tem no “Job Hunter” um parceiro importante, que coloca à sua disposição executivos/candidatos sem custo de qualquer natureza facilitando a “caça” e o exame de potenciais candidatos. 
     
As empresas modernas compreendem e apoiam esse processo, pois é desse encontro que nasce a identidade e as relações de trabalho equilibradas. O executivo precisa conhecer a empresa, não só como pessoa jurídica, mas também as pessoas que a dirigem para, assim, decidir se é lá que deseja trabalhar e passar os próximos anos de sua vida. É dessa compreensão que nasce uma relação profissional sólida para o desenvolvimento de uma carreira de sucesso. Trata-se, antes de tudo, de satisfação de necessidades e expectativa de uma relação de bem-estar entre pessoas em um novo ambiente. E que deverá ser duradoura, mas, certamente terá final, um dia...

Essa atividade de mapeamento do mercado de trabalho executivo e busca de novas oportunidades de trabalho demanda planejamento. O “produto” bem assessorado e promovido é melhor e mais vendido...
O “Job Hunter” atua de maneira a orientar, estimular e valorizar o profissional, mantê-lo estruturado e também despertar o interesse do mercado, “caçando o emprego” na área certa. Ele tem “o produto” à mão e a empresa necessariamente não tem uma vaga a ser preenchida... Mas frente “aquele potencial colaborador” que lhe é oferecido a custo zero, ela (empresa) sente o impulso de ver, verificar e “comprar”... 

Já quando a oportunidade de emprego existe, o desafio do “Job Hunter” é chegar na hora certa e expor as qualidades do executivo, preservando a sua imagem, até que haja interesse de ambos os lados. O “Job Hunter”, com a direção e a estratégia definida, transforma a “caça ao emprego” numa verdadeira campanha comercial. Ele sabe que o grande desafio é atrair a oportunidade do emprego pela exposição adequada do seu produto – o executivo - expondo as suas melhores qualidades no momento certo.

O relacionamento com o executivo é muito próximo e pessoal, objetivando a orientação, troca de ideias, correção de rumo das estratégias e forma de abordagem do mercado. O “Job Hunter” preserva, ajusta e “filtra” tudo, inclusive orienta para uma boa entrevista, negociação de salários e benefícios e promove o “follow-up” para manter o executivo/candidato preservado e informado a respeito do seu desempenho na entrevista e quais as suas chances.


quinta-feira, 1 de dezembro de 2011



 Comentário de Edmir Garcez:
As "Redes de Trabalhadores" - Projeto CUTMULTI/IOS e  entidades internacionais, sindicatos e outras -   se constiui hoje no que há de mais moderno no sindicalismo brasileiro e até mundial!
Trata-se da "globalização" da atividade sindical, o desenvolvimento de ações conjuntas em contraponto ao  movimento empresarial que teve inicio nos anos 90. 
 Sabe-se que no Brasil de hoje são mais de 100 empresas envolvidas nesse projeto em diferentes fases/estágios. 

O projeto mais antigo  e melhor sucedido é o da Basf, que existe há cerca de 12 anos. Porém, os sindicatos e os trabalhadores  brasileiros e os sindicatos internacionais continuam trabalhando e estreitando os laços de relacionamento, promovendo encontros e debatendo entre si e com as empresas temas importantes. 

É a postura do "diálogo social" superando as áreas clássicas de confronto,  é  "a força da inteligência superando a força do confronto". 
Dessa  estratégia inteligente e inovadora dos trabalhadores surge agora na ZF, multinacional alemã, o primeiro "Acordo Marco Internacional" válido para 130 unidades/fábricas em diferentes regiões do mundo, inclusive para as unidades ZF no Brasil. Isso explica um pouco o porquê da presença do IGMetal e da DGB em São Paulo, onde está o maior número de empresas alemãs fora da Alemanha.
 

segunda-feira, 21 de novembro de 2011


 A Mina de Ouro dos Sindicatos - O Globo - 03/11/2011

De olho nos R$2 bilhões por ano repassados pelo governo, número de entidades se multiplica


Se o ritmo de arrecadação do imposto sindical registrado nos últimos anos for mantido, em 2012 os recursos recolhidos e repassados pelo governo federal para sustentar as entidades sindicais vão alcançar a marca de R$2 bilhões, consolidando o tributo como a mina de ouro do sindicalismo brasileiro. O volume é quase o dobro do que os sindicatos receberam há quatro anos. Somente entre janeiro e setembro deste ano, sindicatos, federações, confederações e centrais sindicais já receberam quase R$1,7 bilhão, dinheiro que não passa por qualquer fiscalização de órgãos governamentais.


Só o valor repassado às entidades nesses últimos nove meses é o equivalente a todo o dinheiro transferido pelo governo federal às prefeituras e ao governo do Amapá no mesmo período. É na carona dessa arrecadação bilionária que vem crescendo ano a ano o número de sindicatos no Brasil, contrariando uma tendência mundial de unificações e fusões de entidades. Para se ter uma ideia desse crescimento, de 2008 para cá 782 novos sindicatos entraram na lista da divisão do bolo do imposto sindical, uma média de uma entidade a cada dois dias. Eram 9.077 e hoje são 9.859.


A contribuição sindical é um imposto obrigatório cobrado de todos os trabalhadores com carteira assinada e do setor patronal. A cobrança ocorre uma vez por ano e, no caso dos trabalhadores, corresponde a um dia de salário, descontado diretamente em folha. No caso dos patrões, o valor é uma parcela do capital social da empresa.O uso do dinheiro nunca é fiscalizado


Para ter direito a uma parte do imposto sindical, basta obter do Ministério do Trabalho o registro sindical e o valor repassado pelo governo leva em conta o tamanho da base de trabalhadores ou de empresas que a entidade representa e não seu número de filiados. De todo o dinheiro arrecadado, 60% fica com os sindicatos, 15% com as federações, 5% com as confederações, 10% com as centrais sindicais e 10% com o Ministério do Trabalho.


— Eu relaciono essa proliferação de sindicatos com o dinheiro da contribuição sindical, e não considero isso saudável porque se está criando uma pluralidade sindical que eu considero perversa — afirmou o professor de Direito do Trabalho da PUC-SP, Renato Rua de Almeida.
— Grande parte desses sindicatos que estão sendo criados não tem capacidade efetiva de representar aqueles que promete representar. Não é criando mais sindicatos que você fortalece o sindicalismo. Pelo contrário, enfraquece. Hoje há em países como a Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos um movimento contrário, de unificação de sindicatos para garantir que eles tenham força para defender quem eles representam — disse o diretor do Centro de Estudo Sindicais e Economia do Trabalho da Universidade de Campinas (Unicamp), José Dari Krein.


Basta uma verificação rápida no Diário Oficial da União para identificar o perfil dos sindicatos que estão obtendo registro da pasta do ministro Carlos Lupi. Chama a atenção o número de instituições de servidores públicos de cidades pequenas. Em 19 de maio, de nove registros sindicais concedidos pelo ministério, cinco foram para sindicatos ligados ao funcionalismo, como o Sindicato dos Servidores Públicos de Tanque D’Arca, no interior de Alagoas, ou de Santana do Paraíso, em Minas Gerais.


— Há um entendimento recente de que pode ser recolhido dos servidores públicos o imposto sindical. Eu atribuo a isso esse crescimento substancial de formalizações de sindicatos — disse Krein.


No caso do setor privado, em sua maioria, as novas entidades estão sendo criadas a partir de desmembramentos de sindicatos já existentes. O GLOBO tentou entrar em contato com algumas, mas a falta de informações de endereço e telefone tornam a tarefa quase impossível. Muitos são desconhecidos até mesmo dos trabalhadores da categoria. É o caso do Sindicato dos Arrumadores no Comércio de Trizidela do Vale, no Maranhão, que recebeu o registro sindical em março deste ano. Nem mesmo um sindicato da mesma categoria numa cidade vizinha afirmou ter conhecimento dos dirigentes e do seu funcionamento.


Outra discussão polêmica é a administração dos recursos da contribuição pelo setor sindical. A contabilidade dessas verbas é uma caixa-preta porque, desde a criação do imposto sindical, no anos 1940, o uso desse dinheiro não passa por nenhuma fiscalização de órgãos governamentais por serem os sindicatos instituições de direito privado. O único responsável por analisá-las legalmente é o conselho fiscal das próprias entidades.


Em agosto deste ano, o Tribunal de Contas da União (TCU) tomou uma decisão inédita ao determinar ao Ministério do Trabalho que exija do setor sindical transparência no gasto desse dinheiro e uma contabilidade segregada das demais receitas das entidades. A regra começa a valer em 2012. Embora elogiada, especialistas duvidam da eficácia da medida.
— Eu tenho dúvidas se essa fiscalização vai acontecer, porque o TCU não tem condições de avocar para si as prestações de contas de todos os sindicatos. Além disso, há muito corporativismo nesse setor, basta ver que o Lula, quando sancionou a lei que criou as centrais sindicais, vetou um artigo que previa a fiscalização das contas delas — comentou o consultor Fernando Alves de Oliveira, autor de dois livros sobre o sindicalismo brasileiro.

Desde terça-feira da semana passada, o GLOBO pediu ao Ministério do Trabalho uma entrevista sobre o assunto. Mas apenas uma nota técnica foi encaminhada à reportagem explicando a burocracia para a obtenção do registro sindical.

A farra do imposto sindical   -  06/11/2011 - O Estado de São Paulo




Desde 2008, 782 sindicatos foram reconhecidos pelo Ministério do Trabalho e passaram a receber uma fatia do bolo do imposto sindical, que cresce mais depressa do que a produção, por causa da crescente formalização do trabalho observada nos últimos anos. A média de quatro novos sindicatos por semana poderia sugerir um revigoramento do legítimo movimento de defesa dos interesses dos trabalhadores, como parte da estrutura que busca o equilíbrio das relações entre capital e trabalho no País. Mas, por trás dessa proliferação de sindicatos, há muito pouco de interesse dos trabalhadores em geral e muito mais de interesse exclusivo de um grupo de novos sindicalistas de olho apenas no dinheiro que o governo retira do bolso de cada brasileiro empregado com carteira assinada e distribui automaticamente para essas entidades.

O bolo dobrou de tamanho em quatro anos. No ano passado, a arrecadação do imposto sindical totalizou R$ 1,51 bilhão. Nos nove primeiros meses de 2011, alcançou R$ 1,7 bilhão. Esse valor, como mostrou o jornal O Globo, do Rio (3/11), equivale ao dinheiro repassado pelo governo para os 5.565 municípios brasileiros e para o Estado do Amapá no mesmo período. Com o recolhimento dos atrasados, até o fim do ano a arrecadação pode alcançar R$ 2 bilhões.

Tanto dinheiro e a relativa facilidade para se obter o registro - na Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, cujo titular é nomeado de acordo com critérios políticos - necessário para o recebimento da parcela do imposto explicam a proliferação de entidades sindicais. No início de 2008, eram 9.077 sindicatos no País; hoje, são 9.859.

Entre as novas entidades pode haver algumas criadas para defender interesses de categorias profissionais não representadas ou sub-representadas. No entanto, como a estrutura sindical já é ampla e cobre praticamente toda a diversidade do mercado de trabalho, é muito provável que a grande maioria dos novos sindicatos tenha sido criada apenas para que seus dirigentes possam administrar a seu modo o dinheiro do imposto sindical.

O imposto sindical é cobrado uma vez por ano de todos os trabalhadores com registro em carteira, no valor correspondente a um dia de trabalho. Ele é cobrado também sobre o capital social da empresa. Do total arrecadado, os sindicatos têm direito a 60%; as federações, a 15%; as confederações, a 5%; as centrais sindicais, a 10%; e o governo, a 10%. O valor a que cada entidade tem direito depende do número de trabalhadores que formalmente representa.

Como é automática, a distribuição desses recursos desobriga os sindicatos de exercer sua verdadeira função, isto é, a de representar os trabalhadores de sua base. Ou seja, estimula a criação de entidades praticamente fantasmas, sem qualquer preocupação com os problemas de sua base, e que só existem para ter uma diretoria legalmente constituída que administra com inteira liberdade o dinheiro do imposto sindical. O sindicato nem precisa se preocupar com o destino que der ao dinheiro do trabalhador, pois praticamente não existe fiscalização do Ministério do Trabalho para isso.


Não há exigência legal de prestação de contas pelos sindicatos, que, embora recebam dinheiro do governo, são considerados instituições de direito privado. Cabe ao conselho fiscal dos próprios sindicatos exercer esse papel - mas o conselho fiscal é formado por membros do mesmo grupo que compõe a diretoria executiva do sindicato.


Em agosto, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou ao Ministério do Trabalho que exija das entidades sindicais a demonstração comprovada do uso do dinheiro do imposto sindical que recebem, segregando a contabilidade desses recursos do registro contábil das demais receitas (se houver, é claro). Há dúvidas sobre a competência do TCU para fazer isso e, sobretudo, sobre a disposição do governo de aceitar esse controle. O Congresso incluiu medida semelhante no projeto que autorizou o repasse de parte do imposto sindical para as centrais sindicais, mas, na época, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou a obrigatoriedade de prestação de contas ao TCU.

Na média, formam-se quatro novos sindicatos por semana para abiscoitar o imposto




Comentário de Edmir Garcez:


Imposto Sindical - Maldição de País pobre...


"O Imposto Sindical  é uma das coisas que herdamos da chamada Era Vargas. Getulio,  quando nos contemplou com a Organização Sindical de inspiração fascista dos tempos de  Mussolini, na Itália, logo se deu conta que para manter de pé  essa Estrutura Sindical era necessário que houvesse dinheiro, caso contrário não se manteria...




Assim foi criado o Imposto Sindical, um dia de trabalho de todo trabalhador brasileiro para sustentar o Sindicato, que se tornou uma grande festa até hoje, em pleno Seculo XXI. Essa decisão foi válida para a época, claro que foi, sem margem de dúvida ! Aliás, por óbvio, com esse ato o governo transformou todo trabalhador brasileiro em "sindicalizado".  Ah...mas há quem não saiba disso e ainda acredite que sindicalizado é aquele que se torna sócio do sindicato e paga uma pequena taxa mensal que varia de sindicato para sindicato, R$10,00 até R$40,00/R$50,00 por mês, com direito a cortar o cabelo ,dançar nos sábados à noite, frequentar a colônia de férias, utilizar a farmácia, etc, etc. Enfim, beneficiar-se do assistencialismo, tambem tão cultivado pelos militares...


Claro que essa separação entre quem paga compulsoriamente  e o chamado "sindicalizado" tambem é estratégica, obviamente. Essa forma sábia de exercer e manter  o controle sobre  os sindicatos não é válida apenas para os trabalhadores, vale também para as Empresas, embora a midia dê maior ênfase aos  sindicatos de trabalhadores, deixando de lado os Sindicatos Patronais, que da mesma forma se beneficiam dessa benesse, que é apenas uma face da moeda ( já que estamos falando de dinheiro, só que são montanhas de moedas...haja moeda...mesmo que fossem de ouro...).


Há que se falar ainda das demais "contribuições" - a Confederativa, a Assistencial, a Taxa Negocial e por ai vai... Alguns dirigentes sindicais "representantes dos trabalhadores" e representantes dos Sindicatos Patronais dizem que se o Imposto Sindical acabar o Sindicato fecha! Mas que maravilha !! Mas  isso não acontecerá tão facilmente...


Agora, com certeza absoluta, os Sindicatos de Trabalhadores realmente representativos, que detem  liderança e capacidade de mobilização, esses não padecem dessa dúvida, pois  com  certeza não desaparecerão... A história do sindicalismo, desde as primeiras manifestações, na  revolução industrial, nas minas de carvão na Inglaterra, passando por vários paises, até os movimentos do ABC, as mobilizações no Grande Curitiba, S. José dos Campos, Campinas e outras regiões do Brasil, estão ai para demonstrar isso...


Sabe-se que há manifestações sérias de algumas entidades sindicais ou entidade que representam trabalhadores que tem projetos e estudos visando a  eliminar essa cobrança abusiva para os dias de hoje... Foi util e válida para o passado já distante, mas nada tem a ver com o presente e menos ainda com o futuro !


Como explicar que um País que  está a caminho de ser a 7a economia do mundo, segundo os sábios, possa manter algo desse nível... ???"









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quinta-feira, 10 de novembro de 2011



Nestlé fecha Acordo Coletivo negociado com a Federação dos Trabalhadores na Indústria Alimentícia no Estado de São Paulo 

Comentário de Edmir F. Garcez: O crescimento da economia e os avanços da sociedade no Brasil levam os Sindicatos de Trabalhadores, a exemplo do que já ocorreu e ocorre em outros países, a buscar a negociação direta com as empresas, ou seja, fora do âmbito do Sindicato Patronal. 

Esse exemplo da Nestlé  é uma manifestação clara dessa tendência, assim como os acontecimentos na mesma direção verificados na indústria automobilística(ABC e Grande Curitiba) e na região de Campinas/Hortolândia, no segmento metalúrgico (Amsted Maxion, Bombardier, Hewitt, MGE, dentre outras) 

As conquistas sindicais no 2º semestre, considerando apenas o aumento salarial, acima da inflação, tem variado de 0,52% a 5,22, sem levar em consideração PLR, Piso Salarial, etc. Os trabalhadores envolvidos na construção dos estádios para copa 2014 também já descobriram o caminho. Seria isso de fato uma nova tendência no campo da negociação sindical? 

quarta-feira, 9 de novembro de 2011


Comentário de Marco Antônio Garcez: Mais um trabalhador perde a vida no cumprimento de suas atividades. Ora são mineiros, ora são metalúrgicos, químicos, bancários,jornalistas, dentre outros, desde a Revolução Industrial...
Lamentável o fato recente de mais um jornalista perder a vida na execução de seu trabalho, em pleno Século XXI, situação que lembra os E.U.A nos anos 40 e os recentes (eternos) acontecimentos no Oriente Médio. Especialmente se considerarmos as condições em que o fato aconteceu.
De surpresa??? Em quais condições esses profissionais executam suas tarefas?. Naturalmente esse episódio ganhou grande expressão por causa da violência envolvida e certamente por ser o trabalhador empregado de uma grande empresa do setor de comunicação de expressão nacional e internacional. Aliás, não é o primeiro caso no Brasil (Tim Lopes ainda está na memória de todos).
Esses trabalhadores, jornalistas que cobrem os fatos policiais nos grandes centros, deveriam ter tratamento de "Correspondentes de Guerra" por seus empregadores...Assim como os trabalhadores nas empresas deveriam ser cuidados, pois são milhares que morrem anualmente no exercício de suas atividades, na obscuridade e no ostracismo.